Minha paixão por música, especialmente Rock and Roll
sempre me instigou a pesquisar a fundo sobre a história das bandas, dos músicos
e do gênero. Em meio a estas pesquisas acabei encontrando outros ritmos que
influenciaram direta ou indiretamente o mundo do Rock e que passaram a também
fazer parte da minha vida.
Agora, com um pouco mais de bagagem musical, resolvi
listar meu Top 10 de álbuns ano a ano – começando por 1960 onde as coisas foram
ficando mais claras em termos de discos – mas gostaria de um breve resumo do
meu passado que me trouxe até aqui.
Quem tiver paciência e me der licença para um resumão eu
agradeço. Se não, pulem direto para a lista e muito obrigado!
A princípio como um grande fã de Rock/Metal no inicio da
minha adolescência (13-14 anos) quando passei de simplesmente ouvir o que se
tocava no rádio ou o que botavam para eu ouvir e me interessar em buscar uma
identidade musical, algo com que me identificasse, foi ai que com meu primeiro computador que ganhei
nesta mesma idade passei a buscar músicas na internet (na época ainda discada)
com muita dificuldade.
Primeiro usando o Youtube ou pesquisas através do Google
busquei o pouco que conhecia através da MTV sobre Rock. Coisas típicas de quem está
tentando se inserir neste mundo particular da música: Ramones, Guns n’ Roses,
Ozzy Osbourne, Nirvana, etc.
Curiosamente muitas dessas bandas não me agradaram logo
de cara, então fui buscando meios de poder baixar algumas músicas diferentes em
MP3 (um meio recém-descoberto por mim) e poder ouvir diretamente no PC além de
gravar meus próprios CDs pirata.
Foi ai que passei a utilizar o LimeWire (que foi uma
verdadeira mina de ouro para um leigo), fuçando o programa e sem muito
conhecimento sobre bandas simplesmente habilitei opções pré-definidas de busca
como “Classic rock”, “MP3”, “Music” e os resultados foram magníficos.
Passei a conhecer muitas bandas através do LimeWire,
sendo que a primeira a de fato chamar minha atenção ao ponto de buscar mais
sobre ela foi o Motörhead.
Graças ao som pesado e rápido do Mr. Lemmy Kilmister e
seus comparsas de bebedeira minha vida estava tomada pelo Rock & Roll.
Com o interesse crescendo a cada dia, passei a não
simplesmente ouvir músicas isoladamente e buscar por álbuns (algo tão
menosprezado nos dias de hoje).
Comecei a entender conceitos de trabalho e respeitar ideias
por trás de discos completos – hits são bons, mas não há nada como pegar um
Tommy da vida e “sentir” todo o árduo trabalho da banda para lançar aquilo como
um “pacote fechado”.
Álbuns também me ajudaram a entender contextos históricos
sobre como andava o mundo anos atrás, uma aula de historia interessantíssima
daquelas que o ensino publica brasileiro é incapaz de oferecer.
Comecei a trabalhar aos 16 justamente para poder comprar
meus primeiros álbuns originais. Lembro-me da primeira vez que entrei numa loja
e comprei meu primeiro CD – na verdade foram dois – Highway to Hell (R$18) e
Back in Black (R$23) do AC/DC – curiosamente lembro até dos preços.
Hoje entre vinis e CDs já perdi as contas de quantos tenho
porque praticamente todos os meses eu compro algo novo – hobby que não
recomendo para quem acha que pode perder o controle do seu lado mais consumista
como já aconteceu comigo.
Com o amadurecimento passei a sair do “reduto do Rock”
que às vezes pode nos cegar para outras coisas realmente boas e passei a
consumir todo o tipo de música (de qualidade claro!).
Gosto de Soul, Blues, R&B, Funk, Jazz, Country, MPB,
Samba, Música Clássica sem deixar de amar o Rock/Metal como aquele nosso
“primeiro amor” por aquela namorada que não dá pra esquecer.